Curiosidades
Síndrome de Osgood-Schlatter
A doença de Osgood-Schlater é uma apofisite do tubérculo tibial, resulta de múltiplas microfracturas de avulsão da apófise tibial superior, causadas por contrações sucessivas. Trata-se de
uma lesão de sobrecarga, ocorrendo sobretudo em adolescentes praticantes de espores que envolvam saltos e agachamentos.
Associa-se à fase de surto de crescimento, atingindo assim
adolescentes entre os 12 e os 15 anos no sexo masculino e entre os 10 e os 12 anos no sexo feminino. E mais comum no sexo
masculino e ocorre bilateralmente em 30% dos casos.
Paciente apresenta dor gradual,
localizada na tuberosidade tibial, exacerbada com o exercício
físico e melhorada com o repouso. A dor pode ser reproduzida
durante o exame físico através da palpação da tuberosidade tibial ou extensão do joelho contra resistência. E também caraterística a presença de edema local.
Devem ser equacionados outros diagnósticos no caso de
haver história de trauma, sintomas sistémicos (febre e astenia), dor noturna ou atingimento articular.
Apesar de este ser um diagnóstico clínico, deve ser pedida
uma radiografia do joelho no caso de dor unilateral ou dor persistente sugestiva da presença de um ossículo intratendinoso.
Os achados radiológicos típicos incluem a fragmentação da tuberosidade tibial e edema dos tecidos moles adjacentes.
O tratamento da doença de Osgood-Schlatter é conservador,
incluindo a analgesia, fisioterapia e redução da atividade física,
que deve ser posteriormente retomada de forma gradual, guiada pela sintomatologia do adolescente. Casos mais graves ou
recidivantes podem requerer imobilização ou cirurgia ortopédica.
Trata-se uma patologia benigna e auto-limitada, ocorrendo
uma resolução completa do quadro quando ocorre a fusão entre
o tubérculo tibial e a diáfise, no final do surto de crescimento.

Fibromialgia (FM)
É uma síndrome dolorosa crônica de etiopatogenia multifatorial complexa, não totalmente conhecida, sendo caracterizada por dores musculoesqueléticas espalhadas e sítios dolorosos específicos à palpação-tender points, associados frequentemente a distúrbios do sono, fadiga, sintomas somáticos e cognitivos e distúrbios psíquicos.
No período de 1990 a 2005, foi identificada uma prevalência da FM em mulheres do que em homens. Dados como esse enfatizam a importância de uma abordagem biopsicossocial e multidisciplinar da síndrome fibromialgica. Pode ser confundida com diversas outras doenças reumáticas e não reumáticas, quando estas cursam com quadros de dor difusa e fadiga crônica. O tratamento da FM deve ser multidisciplinar, individualizado, contar com a participação ativa do paciente e basear-se na combinação das modalidades não farmacológicas e farmacológicas. Presente tanto em ambientes laborais como não laborais, não há evidência científica na literatura de que a FM possa ser causada pelo trabalho. A FM comumente não leva à incapacidade laborativa. Nos casos em que a dor ou a fadiga não respondem ao tratamento adequado, atingindo níveis significativos, o afastamento do trabalho por curto período de tempo pode ser considerado.
Fisioterapia
A Fisioterapia tem um importante papel na melhora do controle da dor e no aumento ou manutenção das habilidades funcionais do paciente em casa ou no trabalho, assim como na redução de outros sintomas que lhe causam sofrimento.
Alongamentos;
Hidroterapia;
Massagem;
Eletroterapia;
Acupuntura;
Auriculoterapia;
Pilates.
Testes Ortopédicos
Testes ortopédicos são testes realizados por profissionais da área de saúde para diagnosticar algum tipo de lesão específica.
O fisioterapeuta é um profissional autônomo, que avalia e trata seus pacientes de maneira a prevenir e recuperar traumas ou lesões que acometam os diferentes órgãos e sistemas do corpo humano. Uma correta avaliação fisioterápica é de extrema importância para a recuperação de um indivíduo e melhora de sua qualidade de vida.
Os testes especiais em ortopedia são usados na clínica para auxiliar a identificar os possíveis locais causadores de dor e as alterações nas estruturas músculo-esqueléticas do corpo humano, sendo estes complementares para uma eficiente avaliação, com precisão para um correto diagnóstico. Devem ser realizados para especificar o exame físico, visando à aceitação ou refutação de um diagnóstico hipotético, advindo de observações subjetivas no processo de avaliação.
Exemplo:
Teste de Gaveta (Anterior e Posterior)
Avalia a integridade do ligamento cruzado anterior (LCA) em paciente deitado sobre uma maca com o joelho flexionado a 90°. O examinador apoia o pé do paciente e, com ambas as mãos colocadas na região posterior, traciona-a para frente, provocando um deslizamento anterior da perna sobre a coxa. Deslocamento anterior da tíbia é sinal de lesão de LCA; deslocamento posterior da tíbia é sinal de lesão do ligamento cruzado posterior (LCP).

Ligamento Cruzado Anterior
A ruptura, ou estiramento, do ligamento cruzado anterior é uma das lesões mais comuns no joelho. Quando o ligamento cruzado anterior é lesionado, é grande a chance de que uma intervenção cirúrgica seja necessária para recuperar as funções do joelho. Ela dependerá de vários fatores, entre eles: a gravidade do ferimento e o nível de atividade do paciente.
Anatomia
A articulação do joelho é formada pelo encontro de três ossos: fêmur, tíbia e a patela. Os ossos são conectados entre si por meio de ligamentos. Eles agem como fibras resistentes que mantêm os ossos unidos e o joelho estável.
Ligamentos Colaterais
O ligamento colateral medial está localizado do lado interno, e o ligamento colateral lateral, no lado externo. Eles controlam os movimentos laterais do joelho e impedem que faça movimentos indevidos.
Ligamentos Cruzados
São encontrados no interior da articulação do joelho. Eles se cruzam formando um X; o ligamento cruzado anterior fica na frente, e o ligamento cruzado posterior, atrás. Os ligamentos cruzados controlam o movimento do joelho para frente e para trás.
O ligamento cruzado anterior cruza longitudinalmente o centro do joelho. Ele impede que a tíbia se desloque para frente do fêmur, além de conferir estabilidade rotacional ao joelho.
Tipos de Lesão
Distensões de grau um. Em um estiramento de grau um, o ligamento é levemente danificado. Ele foi levemente estirado, mas ainda consegue manter a articulação do joelho estável.
Distensões de grau dois. Em um estiramento de grau dois, o ligamento é estirado até o ponto de se soltar. Costuma ser chamado de ruptura parcial do ligamento.
Distensões de grau três. Este tipo de estiramento costuma ser chamado de ruptura total do ligamento. O ligamento é separado em dois pedaços, e a articulação do joelho fica instável.
Rupturas parciais do ligamento cruzado anterior são raras, na maioria das lesões do LCA ocorre ruptura total ou praticamente total.
Mecanismo de Lesão
O mecanismo mais comum ocorre quando o paciente roda o seu corpo e o seu pé permanece fixo no chão. Esse movimento é muito comum durante a prática esportiva, por isso os atletas recreacionais e mesmo os atletas profissionais são os que mais sofrem esse tipo de lesão.
Tratamento não cirúrgico
O LCA rompido não cicatriza sem a realização de cirurgia. Mas o tratamento não cirúrgico pode ser efetivo para pacientes que são mais idosos, ou que têm um nível de atividade física muito baixo. Se a estabilidade do joelho como um todo estiver preservada.
Tratamento Cirúrgico
A cirurgia para reconstrução ligamentar acaba sendo o tratamento mais aconselhado, principalmente nos pacientes mais jovens, mais ativos fisicamente e naqueles pacientes que experimentam com frequência uma sensação de instabilidade no joelho durante as atividades diárias ou mesmo esportiva. Nesse tipo de paciente, o risco de outras lesões é mais alto, e por isso opta-se pela cirurgia. O objetivo da cirurgia é restaurar a anatomia e a biomecânica normal do joelho e permitir que o paciente volte a praticar esportes sem o risco de novas lesões.
Fisioterapia
Independente do tipo de tratamento: não cirúrgico ou cirúrgico a Fisioterapia tem papel fundamental para reabilitação do paciente. A Reabilitação deve visar restabelecer o mesmo nível funcional em que o indivíduo possuía antes de sofrer a lesão. A velocidade e evolução do tratamento irá variar, devido a individualidade de cada paciente e também depender do tipo de cirurgia e qual enxerto foi utilizado no procedimento.

Acidente Vascular cerebral (AVC) também conhecido como Derrame Cerebral,
É a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro.
Podendo ser isquêmico, que é o mais comum e acontece quando existe perda do fluxo de sangue devido a formação de um coágulo ou;
Hemorrágico quando o vaso se rompe e provoca sangramento dentro do cérebro. Ambas as condições devem ser tratadas com urgência e podem deixar sequelas. O ideal é que se previna o surgimento da doença adotando bons hábitos de vida, alimentação balanceada, praticas de atividades físicas e o tratamento correto de doenças que podem desencadear está situação, como a pressão alta, colesterol ou triglicerídeos altos ou diabetes.
Principais Sintomas
- Fraqueza ou dificuldade para movimentar um membro, um lado do corpo ou da face;
- Perda de sensibilidade em alguma região do corpo;
- Dificuldade para falar ou para comer;
- Visão embaçada ou perda parcial da visão;
- Tontura ou desequilíbrio;
- Perda da consciência ou desmaio.
Na presença de qualquer sinal ou sintoma de AVC é importante ligar para o SAMU 192 o mais rápido possível, para que os primeiros socorros sejam realizados e o tratamento seja iniciado de forma correta no pronto-socorro.
O ombro é considerado uma articulação complexa, constituída por cinco articulações separadas: glenoumeral, esternoclavicular, acromioclavicular, coracoclavicular, e escapulotorácica. Cada uma dessas articulações possui amplitudes e movimentos específicos, sendo limitados por suas estruturas ósseas, ligamentares, capsulares, tendinosas e musculares. Este complexo articular trabalhando sincronicamente permite aos membros superiores grandes amplitudes de movimentos, sendo no corpo humano a articulação de maior mobilidade e também a mais instável, devido exatamente a este grande grau de mobilidade existente.
É neste momento que os músculos passam a ter um papel fundamental de estabilidade, garantindo a integridade da articulação e minimizando a sua degeneração.
O manguito rotador é formado pelos músculos subescapular, supra-espinhal, infra-espinhal e redondo menor. O Manguito Rotador trabalha como unidade combinada para estabilizar a cabeça do úmero na cavidade glenóide aumentando, assim, a estabilidade e resistindo ao deslizamento e à translação da mesma nos sentidos ântero-posterior e ínfero-superior.
Inúmeros fatores podem lesionar o ombro como, por exemplo, traumas, levantamento de peso em excesso, má postura ou mesmo o avanço da idade. Se a lesão não for tratada da maneira correta e com agilidade pode resultar em inflamações (bursite e tendinite) e rupturas (tendão, ligamento, manguito rotador etc). Muitas vezes, simples iniciativas como repouso e fisioterapia já são suficientes para normalizar a situação.

A entorse de tornozelo inversão é uma das lesões musculoesqueléticas frequentemente encontradas na população ativa, que geralmente envolve lesão dos ligamentos laterais. Ocorre com maior frequência nos atletas de futebol, basquete e vôlei, correspondendo a cerca de 10% a 15% de todas as lesões do esporte
A classificação de entorse de tornozelo é baseada no exame clínico da área afetada e divide a lesão em três tipos: grau 1- estiramento ligamentar; grau 2-lesão ligamentar parcial e grau 3-lesão ligamentar total.
O quadro clínico encontrado é de dor, com edema localizado na face ântero-lateral do tornozelo, equimose mais evidente após 48 horas e dificuldade para deambular. Quanto mais grave a lesão, mais evidentes ficam os sinais.
A necessidade de exames complementares para entorse de tornozelo baseia-se na suspeita de fraturas associadas. Das radiografias realizadas em doentes com lesão de tornozelo, 85% são normais. Com intuito de evitar radiografias desnecessárias, foram criadas regras (regras de Ottawa para tornozelo) que indicam a realização de radiografias apenas quando houver dor em pontos ósseos específicos ou na impossibilidade do apoio de marcha (pelo menos quatro passos).
O objetivo do tratamento da lesão ligamentar do tornozelo é o retorno às atividades diárias (esporte/trabalho), com remissão da dor, inchaço e inexistência de instabilidade articular.
O tratamento inicial para todas as lesões consiste em repouso por três dias, aplicação local de gelo, elevação do membro afetado e proteção articular com imobilizador ou tala gessada. O uso de antiinflamatórios não-hormonais mostrou diminuição da dor e edema, com melhora precoce da função articular
Nas lesões leves, o tratamento é sintomático, com manutenção da imobilização até a melhora dos sintomas, que dura entre uma e duas semanas. Já nas lesões completas, a proteção articular com imobilizadores semi-rígidos possibilitou retorno mais rápido às atividades físicas e laborativas quando comparada à imobilização gessada, porém a ocorrência de edema, dor e instabilidade em longo prazo foi semelhante nos dois grupos